Ebola:Como se pega e como se protege

Com a divulgação da existência em solo brasileiro de um paciente com suspeita de estar contaminado com o vírus do Ebola , muita gente tem entrado em pânico e demonstrado grandes preocupações nas redes sociais. Claro que o caso é preocupante, mas também não é preciso entrar em pânico.

Ebola não se pega andando na rua e nem por estar no mesmo vôo ou recinto com a pessoa infectada.


Saiba como se pega o vírus de Ebola:

"O vírus ebola não se pega andando na rua. Tem que ter contato com o sangue, urina ou fezes da pessoa infectada e quando ela já apresenta os sintomas. Não é como o vírus da gripe que se pega pelo ar", afirma o infectologista Luis Fernando Aranha Camargo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

A transmissão do vírus Ebola acontece por contato direto com o vírus Ebola, por isso, quando o sangue, suor ou a saliva de um paciente com Ebola entra no organismo de um indivíduo saudável através de uma ferida na pele, por exemplo, ocorre a transmissão desta doença porque este vírus é altamente contagioso.

Outras formas de contágio incluem o contato com o vômito, sêmen, secreções vaginais, urina, fezes e sangue menstrual, de um paciente com Ebola e também com qualquer objeto ou tecido que tenha entrado em contato com estas secreções.

Em caso de suspeita de contaminação, o indivíduo deve dirigir-se ao hospital para ser mantido sob observação e verificar se está com febre. Se a temperatura estiver acima dos 38.3ºC, o indivíduo deve ser hospitalizado e ficar em isolamento imediatamente até saber se está infectado ou não com o vírus Ebola. Quando se confirma a contaminação pelo vírus Ebola, o indivíduo tem que ficar no hospital de quarentena em isolamento, de forma a evitar a transmissão da doença.

Primeiros sintomas do Ebola:

Os primeiros sintomas do Ebola são febre, dor de cabeça, mal-estar geral e cansaço e, por isso esta doença pode ser facilmente confundida com uma simples gripe ou resfriado.
Após 1 semana de desenvolvimento da doença surgem outros sintomas de contaminação com o vírus Ebola, como:
  • Enjôo;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Vômito frequente, que pode conter sangue;
  • Diarréia frequente,que pode conter sangue;
  • Hemorragia interna, que se manifesta através de sangramentos nos olhos, nariz, gengiva, ouvido e partes íntimas.
Na fase mais grave da doença podem aparecer manchas e bolhas de sangue na pele, em vários locais do corpo.

Como evitar e se proteger do vírus do Ebola;

Para não pegar Ebola é importante seguir todas as instruções de prevenção do vírus Ebola sempre que estiver em locais em períodos de epidemia.

As principais formas de prevenção do Ebola são:
  • Evitar o contato com indivíduos ou animais infectados, não tocando em feridas que estejam sangrando ou em objetos contaminados, usando camisinha em todas as relações sexuais ou não permanecendo no mesmo cômodo que um indivíduo infectado;
  • Não comer frutas roídas, pois podem estar contaminadas com a saliva de animais contaminados, especialmente em locais onde existem morcegos da fruta;
  • Usar roupa especial para proteção individual composta por luvas impermeáveis, máscara, jaleco, óculos, touca e protetor para sapatos, se for necessário o contato próximo com indivíduos contaminados;
  • Evitar frequentar locais públicos e fechados, como shoppings centers, mercados ou bancos em períodos de epidemia;
  • Lavar as mãos com frequência, usando água e sabão ou esfregar as mãos com álcool.
O Brasil está preparado para resgatar pacientes com Ebola?

De acordo com a infectologista Otília Luz, todas as capitais brasileiras estão preparadas para lidar com casos suspeitos da doença. A médica ligada à Fiocruz afirmou que o país tem expertise em lidar com doenças hemorrágicas - como as formas mais severas da dengue, por exemplo.

"Temos condições de oferecer um bom tratamento, diferentemente do que acontece nas tendas no litoral da África"

O procedimento no Brasil para casos suspeitos de ebola prevê que pacientes com sintomas da doenças sejam tratados como se estivessem infectados até que haja um diagnóstico definitivo.

Não compare capacidade de conter o Ebola com  incapacidade de conter a Dengue, são doenças com formas de contágio totalmente diferentes.


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