O menino Henrique Silva Santos, de 2 anos, em uma de suas estripulias infantis, inseriu uma bateria pequena, daquelas usadas em brinquedos, no nariz sem que seus pais soubessem. Diversos problemas no nariz e na respiração, fizeram com que seus pais o levassem ao pronto-socorro do Serviço de Atendimento da Unimed no Setor Oeste, em Goiânia, por 6 vezes , sem que nada fosse detectado.
- "Durante todo esse tempo, falavam que era sinusite, que era virose, anemia. E esses diagnósticos foram feitos sem que nenhum médico pedisse um exame sequer”. Desabafa, Dihosley Silva Santos, 28, pai de Henrique
O resultado da falta de investigação mais profunda do mal que acometia o pequeno Henrique, resultou no necrosamento do septo nasal devido ao vazamento do líquido da bateria.
Os pais do menino relatam como o objeto foi finalmente descoberto, depois de tantas idas e vindas ao pronto-socorro:
"“Levei ele em um pula-pula e ele caiu de rosto na cama elástica. Ele chorou um pouco, mas, mesmo assim, continuou pulando. No dia seguinte, ele foi levado para a creche e se queixou de dores no nariz. A professora foi dar uma olhada e viu o objeto metálico, que já estava bem próximo da narina. Acho que o movimento no pula-pula deslocou o objeto” "
A criança foi levada ao centro cirúrgico para a remoção da bateria, que infelizmente tinha vazado, deixando escapar seu ácido corrosivo que necrosou o septo nasal, a cartilagem que separa as narinas. Agora é preciso esperar que o menino complete 16 anos para que possa operar novamente e possa corrigir esse problema, até lá, ele pode ter dificuldade de respiração, ronco sangramento, mau cheiro e rinite alérgica.
A família registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o plano de saúde e os médicos que atenderam a criança. Eles também fizeram o pedido formal para ter acesso ao prontuário de atendimento e devem propor uma ação.
“O que a gente pede é que o médico se coloque no nosso lugar e tente nos ajudar dando assistência. Meu filho vai ter um problema que não vai ser corrigido agora e vamos passar anos com esse problema. O mínimo que eles podem fazer é dar uma reposta”, conclui o pai.
A Unimed em Goiânia, afirmou em nota que a empresa está atenta ao fato ocorrido com o menino e está tomando as providências cabíveis.
Ao que parece não é só privilégio do Dr. SUS o diagnóstico simplista de "virose".
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